Em matéria da BBC News Brasil, lemos que o impacto do isolamento nas sociedades mais “abertas” é maior, e nestas se inclui o Brasil, que é uma sociedade de alta mobilidade relacional, ou seja, mais passional, sociável, com relações sociais mais fluidas e intimas. Assim, nesta pandemia, os brasileiros foram particularmente muito impactados com o isolamento, impondo à grande maioria dos trabalhadores do conhecimento o trabalho remoto.
Nestes tempos de home office as metodologias ágeis (com seu mindset mais aberto e colaborativo) vem ajudando a reduzir os efeitos negativos do isolamento, ajudando a conservar a cultura organizacional de forma remota.
Isso porque, mesmo no ambiente on-line, as interações de trabalho são mais humanizadas, mantendo os times em constante conexão, por conta das reuniões diárias, revisões e retrospectivas semanais ou quinzenais.
As metodologias ágeis adotadas pelos trabalhadores do conhecimento, para além dos times de T.I – tecnologia da informação – onde a agilidade é uma realidade há vinte anos, estão proporcionando um ambiente mais colaborativo, imersivo, engajador, dando suporte para maximizar a geração de entrega de valor ao cliente.
Os times ágeis trabalham com abertura, transparência e frequência de comunicação, e assim as metas propostas pela organização são atingidas com mais facilidade.
Sendo a autonomia um dos princípios ágeis, deve ficar no passado o microgerenciamento, os inúmeros emails em que todos são copiados, sendo fundamental a confiança da liderança na capacidade do time em decidir como entregar da melhor forma as tarefas que lhe foram propostas.
Assim, entendemos que as metodologias ágeis são uma chave, uma resposta simples a este momento complexo, de rápidas mudanças.
Antes, contudo, é importante ajustarmos nosso mindset com foco nos valores e princípios ágeis, para só assim adotarmos uma das metodologias, como por exemplo as mais utilizadas no mundo – Scrum e Kanban – que são alternativas melhores às práticas atuais.